“Se houver corte na minha área, vou trabalhar o triplo e chamar toda a minha equipe para trabalhar mais ainda”, disse o ministro, destacando que aprendeu desde jovem a importância de ser eficaz, produzindo mais com recursos limitados. Sabino também ressaltou que o corte orçamentário é uma prática comum na gestão pública, especialmente no segundo semestre. “Mas também é natural que, perto do fim do ano, haja um aumento na arrecadação, e os bloqueios sejam recompostos”, explicou, referindo-se aos ajustes fiscais realizados pelo Ministério da Fazenda. Ele afirmou ver isso como uma preocupação normal do ministro Fernando Haddad.
Sabino, que assumiu o Ministério do Turismo em agosto de 2023, se comprometeu a buscar o máximo de resultados, independentemente de possíveis cortes no orçamento. Seu posicionamento contrastou com o de outros ministros do alto escalão do governo Lula, como Carlos Lupi (PDT), da Previdência, que ameaçou deixar o governo caso haja redução de direitos, e Luiz Marinho (PT), ministro do Trabalho, que também afirmou que pediria demissão caso o governo cortasse gastos trabalhistas. Já o ministro Wellington Dias (PT), da Assistência Social, afirmou que “jamais cortaria benefícios” por uma decisão do presidente.
Sabino, que é deputado federal eleito pelo Pará e tem 46 anos, frisou que todos os governos precisam equilibrar fiscalmente as contas públicas, mas também enfrenta a pressão de ministérios que demandam ampliação de serviços e investimentos, o que inevitavelmente gera mais gastos. “A vida toda é assim”, ponderou o ministro, destacando a necessidade de equilibrar a expansão de serviços com o controle fiscal.