Prejuízos a todos
O impacto ambiental também se reflete na flora e na fauna locais. As áreas de plantação de dendê, além de trechos de mata nativa e comunidades como Serrana, estão entre as mais atingidas. A destruição do solo e a perda da biodiversidade são outras consequências graves, que podem causar efeitos prolongados na sustentabilidade da região.
Apesar dos esforços, a situação permanece crítica, e moradores clamam por medidas mais contundentes, como ajuda aérea, para conter as chamas. Entre as mensagens de preocupação nas redes sociais, algumas apontam a suspeita de que os focos de incêndio são intencionais e pedem investigações sobre possíveis responsáveis. “Isso só pode ser criminoso. Não é possível. Do nada tudo começa a pegar fogo ao mesmo tempo. Tem que investigar quem tá causando isso,” comentou um morador, ecoando o sentimento de insegurança e impotência da comunidade diante da gravidade das queimadas.
As autoridades locais esperam que, com o envolvimento conjunto de forças de segurança, gestores e moradores, seja possível reduzir os focos e os danos causados, promovendo a conscientização ambiental e o combate efetivo a essa prática criminosa.
As queimadas ao longo da PA-150, especialmente no trecho entre os municípios de Moju e Tailândia, têm se intensificado nas últimas semanas, com impactos diretos na saúde pública e no meio ambiente, além de gerar preocupações em toda a região. A fumaça densa e os focos de incêndio que avançam para áreas residenciais e zonas de plantação de dendê têm levado autoridades locais e estaduais, incluindo o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, a redobrar esforços para conter os danos.
O vice-prefeito de Moju, Rubens Teixeira, fez um apelo à população, solicitando a colaboração para evitar queimadas e, assim, preservar o meio ambiente e proteger a saúde da comunidade. “Estamos num momento crítico e precisamos da colaboração de todos. Pedimos à população que evite qualquer prática de queimada para que possamos preservar nosso meio ambiente e proteger a saúde de nossa comunidade”, afirmou Teixeira.
Riscos à saúde e segurança pública
O Corpo de Bombeiros, por meio do capitão da Cunha, alertou para os graves riscos associados às queimadas, que liberam poluentes prejudiciais à saúde, principalmente para crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias preexistentes. A baixa umidade e o calor têm favorecido a propagação do fogo, dificultando o trabalho de contenção. “O clima seco facilita a propagação do fogo, que se alastra rapidamente, ameaçando tanto áreas residenciais quanto o meio ambiente local”, declarou o capitão, ressaltando os desafios do combate direto às chamas.
A visibilidade na Alça Viária, principal estrada que conecta os municípios da região, tem sido prejudicada pela fumaça, o que aumenta os riscos de acidentes. Moradores de Moju relataram que, em algumas manhãs, a densidade da fumaça é tamanha que impede a passagem de luz solar, deixando o céu encoberto e tornando o ar quase irrespirável. Além disso, pais de alunos da zona rural expressaram preocupações nas redes sociais sobre os impactos da qualidade do ar nas escolas da região.
Ações legais e a necessidade de fiscalização
O delegado da Polícia Civil de Moju, David Stuart, reforçou que a prática de queimadas é crime ambiental e alertou para as consequências legais que os infratores poderão enfrentar. De acordo com o Decreto 4.151 do Governo do Estado e o Código Penal, quem for responsável por queimadas ilegais pode ser punido com pena de reclusão de três a seis anos. “Estamos investigando e tomando medidas para localizar os responsáveis por esses incêndios criminosos, que ameaçam a vida e o meio ambiente”, afirmou o delegado, reforçando a importância da denúncia de casos suspeitos.
Destruição ambiental e prejuízos à fauna e flora
A destruição das áreas de plantação de dendê, além de trechos de mata nativa e comunidades como Serrana, tem sido uma das principais consequências das queimadas. A perda da biodiversidade e a degradação do solo podem ter efeitos duradouros, comprometendo a sustentabilidade ambiental da região. Moradores alertam, nas redes sociais, sobre a possibilidade de que os incêndios sejam criminosos, uma vez que os focos de fogo surgem simultaneamente em diferentes pontos, gerando ainda mais insegurança na comunidade.
“Isso só pode ser criminoso. Não é possível. Do nada tudo começa a pegar fogo ao mesmo tempo. Tem que investigar quem está causando isso”, comentou um morador em uma rede social, refletindo o sentimento de desespero e impotência da população diante da situação.
Mobilização das autoridades e a necessidade de uma resposta coordenada
Apesar dos esforços contínuos das autoridades locais e estaduais, a situação ainda é alarmante, e muitos moradores pedem uma resposta mais incisiva, como o apoio aéreo no combate aos incêndios. As autoridades esperam que, por meio de uma ação coordenada entre forças de segurança, gestores públicos e a própria população, seja possível controlar os focos de incêndio e reduzir os danos ambientais e à saúde pública, além de promover uma maior conscientização sobre a necessidade de preservar a região.